A menopausa é um momento importante de adaptação no corpo da mulher. E a perda ou diminuição dos hormônios pode influenciar até a qualidade do sono, já que a musculatura se torna ainda mais relaxada, favorecendo o ronco e a apneia do sono.
Agora, você sabia que o ronco feminino está sub-representado? Um estudo de 2019, divulgado no “Journal of Clinical Sleep Medicine” apresenta um levantamento realizado com 1.913 pacientes em torno dos 50 anos. Ao longo de dois anos, eles realizaram o exame de polissonografia, que diagnostica distúrbios do sono. E também preencheram um questionário no qual deveriam dar uma nota para a severidade do seu caso. Os pesquisadores compararam as conclusões dos exames com a autoavaliação feita pelas pessoas e ainda acompanharam uma noite dos participantes, para ter suas próprias medições.
Os resultados mostraram que 88% das mulheres roncavam, embora apenas 72% reconhecessem que o faziam. Entre os homens, quase não havia diferença entre os que assumiam o ronco (93%) e os que efetivamente apresentavam o quadro (92.6%). Contrariando o senso comum, verificou-se que elas roncavam tão alto quanto eles. No grupo de mulheres que nem sequer se descreviam como roncadoras, 36.5% produziam barulho muito alto.
O fato de não falar sobre o assunto talvez se deva a alguns tabus estabelecidos em torno do assunto. Agora, é preciso deixar um alerta importante aqui: O ronco está intimamente ligado com a apneia do sono, que por sua vez, está relacionada a problemas gravíssimos de saúde. Portanto, esse é um sinal que não deve ser ignorado.
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